Ainda os cartoons...
Não estava nos meus planos voltar a este assunto neste momento. No entanto, o Ministro dos Negócios Estrangeiros decidiu fazer um comunicacão em nome de Portugal e, consequentemente, em nomes de todos os portugueses, mas com a qual não me identifico.
Já o disse aqui que, realmente, alguns dos cartoons (um ou dois, na minha óptica) podem ser considerados ofensivos, e o comum bom senso deveria ter impedido que fossem publicados. Mas também já sublinhei que as reacções daí adjacentes estão a ser totalmente despropositadas, especialmente devido ao incitamento e difamação por parte de radicais e fundamentalistas.
A declaração feita pelo Ministro vai mais longe do que o desejável lamentar a ofensa causada pelos cartoons. Freitas do Amaral não só se esquece de comentar os incidentes que se seguiram como faz considerações que não lhe dizem respeito:
Já o disse aqui que, realmente, alguns dos cartoons (um ou dois, na minha óptica) podem ser considerados ofensivos, e o comum bom senso deveria ter impedido que fossem publicados. Mas também já sublinhei que as reacções daí adjacentes estão a ser totalmente despropositadas, especialmente devido ao incitamento e difamação por parte de radicais e fundamentalistas.
A declaração feita pelo Ministro vai mais longe do que o desejável lamentar a ofensa causada pelos cartoons. Freitas do Amaral não só se esquece de comentar os incidentes que se seguiram como faz considerações que não lhe dizem respeito:
Não cabe ao Estado Português fazer comentários sobre o que é liberdade religiosa.
Não cabe ao Estado Português definir quais são os simbolos e figuras a serem respeitados.
Não cabe ao Estado Português referir quais as religiões "abrangidas" por este respeito (há mais religiões do que as descritas na declaração, merecedores igualmente de todo o respeito).
É um comunicado apaziguador, poderemos comentar. É verdade que sim. Mas também é verdade que cabia ao Estado Português referir que Portugal condena a destruição de Embaixadas, a violência generalizada, os fundamentalismos exarcebados e, principalmente, que está solidário com a Dinamarca e com os Dinamarqueses.
Não cabe ao Estado Português definir quais são os simbolos e figuras a serem respeitados.
Não cabe ao Estado Português referir quais as religiões "abrangidas" por este respeito (há mais religiões do que as descritas na declaração, merecedores igualmente de todo o respeito).
É um comunicado apaziguador, poderemos comentar. É verdade que sim. Mas também é verdade que cabia ao Estado Português referir que Portugal condena a destruição de Embaixadas, a violência generalizada, os fundamentalismos exarcebados e, principalmente, que está solidário com a Dinamarca e com os Dinamarqueses.
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