Em Favor da Liberdade de Expressão
Decidir abordar este tema no dia de abertura do “Café Moleskine” não foi dífícil. Mas saber exactamente o que escrever não foi fácil.
No Ocidente regemos as nossas acções pelas leis existentes e pelo nosso bom senso. A celeuma levantada pela publicação de cartoons relativos a Maomé não é, de todo, surpreendente, dada a natureza impulsiva e fundamentalista de muitos muçulmanos. Aos olhos de um ocidental, os 12 cartoons publicados no diário dinamarquês Jyllands-Posten, não são muito diferentes de tantos outros que já passaram pelos nossos olhos ao longo das nossas vidas, como é o caso do cartoon de António em que apresentava o Papa João Paulo II com um preservativo no nariz.
Tenho no computador os 12 cartoons da polémica e admito que alguns deles, nomeadamente um em que Maomé surge com um turbante em forma de bomba, passaram o limite que eu estipularia como de bom senso para o assunto em questão. E por isso, não publicaria alguns deles.
No entanto, a publicação destes cartoons não justifica as violentas reacções que se estão a estender, neste momento, por diversas zonas do globo. “Para a imagem do islamismo, pior do que estes meros cartoons, são as repetidas imagens de degolações de reféns nas televisões e os atentados suicidas, como o ocorrido num casamento em Omã”, como disse o editor de um jornal jordano. Argumenta-se sobre o “islafobismo” dos cartoons, e sobre o ataque à sua religião. Mas esquecem-se que estas mesmas pessoas acham irrelevante fazer cartoons em que judeus aparecem com cara de suínos.
É sem dúvida um choque de civilizações, em que existem razões de ambos os lados, mas a liberdade de expressão foi algo que os nossos antepassados conquistaram, dando muitos deles as suas vidas para que hoje eu possa estar aqui a escrever o que bem entender, e expressar as minhas opiniões, quaisquer que elas sejam.
Em favor da liberdade de expressão:
No Ocidente regemos as nossas acções pelas leis existentes e pelo nosso bom senso. A celeuma levantada pela publicação de cartoons relativos a Maomé não é, de todo, surpreendente, dada a natureza impulsiva e fundamentalista de muitos muçulmanos. Aos olhos de um ocidental, os 12 cartoons publicados no diário dinamarquês Jyllands-Posten, não são muito diferentes de tantos outros que já passaram pelos nossos olhos ao longo das nossas vidas, como é o caso do cartoon de António em que apresentava o Papa João Paulo II com um preservativo no nariz.
Tenho no computador os 12 cartoons da polémica e admito que alguns deles, nomeadamente um em que Maomé surge com um turbante em forma de bomba, passaram o limite que eu estipularia como de bom senso para o assunto em questão. E por isso, não publicaria alguns deles.
No entanto, a publicação destes cartoons não justifica as violentas reacções que se estão a estender, neste momento, por diversas zonas do globo. “Para a imagem do islamismo, pior do que estes meros cartoons, são as repetidas imagens de degolações de reféns nas televisões e os atentados suicidas, como o ocorrido num casamento em Omã”, como disse o editor de um jornal jordano. Argumenta-se sobre o “islafobismo” dos cartoons, e sobre o ataque à sua religião. Mas esquecem-se que estas mesmas pessoas acham irrelevante fazer cartoons em que judeus aparecem com cara de suínos.
É sem dúvida um choque de civilizações, em que existem razões de ambos os lados, mas a liberdade de expressão foi algo que os nossos antepassados conquistaram, dando muitos deles as suas vidas para que hoje eu possa estar aqui a escrever o que bem entender, e expressar as minhas opiniões, quaisquer que elas sejam.
Em favor da liberdade de expressão:
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