quinta-feira, março 09, 2006

A “repelente” selecção anfitriã

A selecção alemã, liderada pelo excelente ex-jogador, mas inexperiente treinador, Jürgen Klinsmann, está neste momento no centro de uma avalanche de críticas, visando especialmente Klinsmann. Primeiro porque passa mais tempo na sua casa… na Califórnia, do que a acompanhar o futebol alemão e depois, mais importante, porque a qualidade futebolística da Alemanha é de bradar aos céus. O jogo contra a China teve, em mim, o poder de um fulminante sonífero. O jogo da última semana com a Itália, em que perderam 4:1, foi a catástrofe total que fez soar os sinos. Vamos por as coisas assim… o resultado foi o menos mau!

Bem, nada disto é novo. É sempre assim quando uma equipa importante começa a perder. Escrevem-se severas artigos de opinião nos jornais, há jogadores descontentes, há treinadores que põem em causa as opções técnicas e, claro, um presidente da federação a assegurar que o lugar do treinador não está em perigo. Nada de novo, portanto.

O interessante disto foi o que se passou no fim-de-semana. As críticas passaram a vir também dos deputados. E não um… vários. E temos oportunidade de ler coisas como “Klinsmann deveria comparecer perante o Comité para o Desporto, e explicar qual o seu conceito de jogo, e como pensa ele levar a selecção ao título mundial”.

A que gostei mais foi a descrição da exibição perante a Itália, feita tembém por um membro da maioria parlamentar: “foi horrendo, repelente, revoltante, hediondo e nós perguntamos se é possível endireitar até ao Verão. O Governo Federal é o maior patrocinador do Mundial. Á luz disso queriamos obter algumas respostas de Herr Klinsmann.”

Para um povo que gosta de tudo organizado com antecedência, não ver a sua selecção jogar decentemente, a menos de 100 dias do “seu mundial, é algo que os tortura todos os dias.