quarta-feira, maio 10, 2006

Freitas, sempre Freitas...

Freitas "Polémico" do Amaral volta hoje a ser notícia. E tal como no sábado passado (post anterior), poucas razões existem, no meu entender, para que assim seja.
Um ministro do Governo Palestiniano, com o qual a UE cortou relações, afirmou a um jornal do seu país que se tinha encontrado com um MNE europeu. Uma notícia com o intuíto de dar esperanças a um reatamento da ajuda financeira da UE, o que se veio a concretizar hoje.
Estando Freitas de visita à Arábia Saudita e aos Emirados Árabes Unidos, não foi difícil chegar à conclusão de que ele era o MNE europeu em questão.

Então anda o Freitas a encontrar-se com que não deve? Explique-se lá...

Pelos vistos apenas se cruzaram num corredor e foram apresentados. Seguiu-se um educado aperto de mão. Ponto final na explicação.
Eu, pela minha parte até consigo imaginar que foi algo mais do que isto. Algo tipo:

- Prazer em conhecê-lo. Como está?
- Eu estou bem, obrigado. O nosso anfitrião é excelente.
- Sem dúvida alguma. Fui tratado como um rei.
- Mas sabe, o meu povo não está tão bem como nós. O corte das ajudas por parte da UE deixou-nos em grandes dificuldades.
- Imagino que sim. Mas ao não reconhecerem Israel não nos deixaram grandes alternativas.
- E fica insensível ao que passam os nossos empregados a quem não podemos pagar, e aos seus filhos a quem não podemos alimentar?
- Claro que não ficamos insensíveis. Estamos bem atentos. Pode estar seguro disso.
- Palavras tranquilizadoras. Que Alá esteja convosco.
- Amen.

Como seria de esperar, a guerrilha anti-Freitas do PP, desta vez coadjuvada pelo PSD, exige que Freitas vá ao Parlamento explicar o "encontro".
Mas explicar o quê? Porque deu um aperto de mão em vez de lhe apertar o pescoco? Porque foi tão educado? Porque estava no mesmo corredor do que o "inimigo"?
Senhores, o MNE anda cansado. Passa muito bem sem viagens desnecessárias. E nós, por aqui, também passamos muito bem sem politiquices e polémicas de tasca.