segunda-feira, setembro 11, 2006

O adeus de Schummacher


A Formula 1 perdeu, para mim, quase todo o encanto com a morte de Ayrton Senna. Nunca mais houve aqueles duelos empolgantes que nos deixavam colados à televisão qualquer que fosse a hora da manhã ou da noite. Senna, Prost, Mansell, Piquet, Lauda.

O encanto continuou a dissipar-se nos últimos anos com as máquinas e a tecnologia a sobreporem-se aos pilotos. Em demasia. Grandes prémios aborrecidos, corridas e campeonatos decididos muito antes do final.

No entanto restava Michael Schummacher. Sem dúvida o melhor piloto dos últimos anos. O homem que trouxe a Ferrari de volta à ribalta. O piloto que dificilmente deixa alguém indiferente. Amor ou ódio. Apesar de reconhecer que é o melhor, nunca lhe consegui perdoar a celebração da vitória na corrida em que Senna morreu. Ódio, portanto.

Mas agora, com o anúncio da sua retirada, a Fórmula 1 fica ferida de morte. Quando ligar a televisão num domingo à tarde, que buscarei eu? Agora será impossível encontrar alguém à frente do Schummacher...