segunda-feira, setembro 11, 2006

O regresso do "Boavistão" e o desnorte das águias

Qualquer análise futebolística que faça no decorrer da temporada será sempre um exercício "criticável", pelo simples facto que eu não posso ver os jogos. Nenhum. Pelo que o quer que seja que eu escreva será sempre baseado no que possa ler nos pasquins especializados da nossa praça, ou num qualquer resumo perdido numa estação televisiva internacional.

Por estas razoes contem apenas com o regozijo por uma vitória mais brilhante do FCP ou uma vitória, mesmo que sem brilho, do Espinho (estamos em 1°!!!!), ou um comentário a algo mais excepcional que me tenha captado a atenção.

É nesta última opção que este post encaixa. Não que a derrota do SLB tenha sido excepcional. Bem pelo contrário, o Benfica não prometeu muito na pré-época, e.g. o jogo com o Sporting, e a única exibição aceitável foi com o Austria em casa, mas convenhamos que eram muito fraquitos. Por seu lado o Boavista reforçou-se para voltar a ser o Boavistão, e o Bessa um reduto difícil de ultrapassar (o FCP que se prepare...).
Se a derrota não surpreende, o facto de ter sido por 3 golos deixou-me surpreso a olhar para o teletexto. Mais tarde, ao ler um jornal online, fiquei intrigado. No início da temporada, no primeiro jogo, com tanto que ainda aí vem, porquê tanto desnorte, tanto descontrolo emocional, tanta porrada e cabeça perdida?
Porque o Simão não estava? Porque o Rui Costa não é o Liedson? Porque andaram demasiado entretidos com as escutas? Com os árbitros e a "fruta? Porque o treinador é feio e mal encarado?

Meus caros, as derrotas do SLB no campeonato, são sempre bem vindas, mas a Liga dos Campeoes começa esta semana, e eu estou no estrangeiro. E dispenso bem ser identificado como proviniente do país dos meninos mal comportados e fiteiros (leia-se, a imagem que os nossos jogadores da selecção deixaram durante e após o Mundial).

A imagem do país no estrangeiro, a nossa imagem, passa muito pelo trabalho que nós portugueses apresentamos aqui, pelo nosso esforço e suor, mas passa ainda mais pelo o que de mais vísivel nós temos. O Futebol. E aí, meus caros, dispensamos bem as cenas tristes do Bessa.